Menina, mulher, amante, com seus olhos brilhantes, quero ter você por um instante, e beber teu prazer constante... Beijar o teu corpo gostoso, lamber seu pescoço, e ser grudento aos poucos... Se te quero tanto assim, nesta ilusão tão ruim, é porque para mim, és um castigo sem fim... Na minha serra querida, tu és a minha guia, te quero nua de dia, nem que seja por fantasia.
Hoje descobri que o destino é cruel. Ele não deixa nada acontecer sem a autorização. É o poderoso. É o mandão, o dono da verdade. Ele oferece, se disfarça como se fosse amigo, depois toma de volta sem aviso, só por maldade.
É ele é forte, mas quem disse que eu desisto? Quem disse que não serei eu à traçar as últimas linhas do meu destino? Quem disse que o amor não vence no final?? MALDITO DESTINO!!
Feche os olhos ... Sinta meus lábios acariciarem os teus... Nesta hora minha pele encosta na tua e meus dedos vagam pelo teu corpo, te fazendo estremecer da cabeça aos pés...
Caminho pela rua, sem rumo. Na outra calçada vai ela, perdida. Os olhares se cruzam. Os desejos de dois corações destruidos se confundem. - Uma bebida no bar? - Claro, quero afogar minha mágoa... E na madrugada, numa calçada qualquer, se embriagam de álcool e sexo vulgar. Mas os pensamentos voam longe dali. Buscam o aconchego do abraço de quem não quer mais abrigar estes dois corações abandonados...
A Paixão embriagadacaminhava desmotivada. Sentia-se enganada e no Amor não mais confiava. Cada vez que se declarava o Amor fingia que não entendia e a Paixão se consumia. Ardia em chamas e nada conseguia. Fazia versos, dizia o que sentia e nada disso adiantava. A Paixão então ficava a cada dia mais determinada. Precisava conquistar o Amor e estava desesperada. Seus argumentos eram cheios de sentimentos. A Paixão era uma chama ardente, que se consumia lentamente. Queimava como brasa ao mais leve sopro da brisa. E quanto mais a brisa soprava mais a chama se propagava. A Paixão se consumia de tanto amor que sentia. Até que um dia, o Amor se contagiou com o calor que essa Paixão por ele sentia. Era uma noite fria e o Amor precisava de calor, para aquecer o seu coraçãoque sofria. A Paixão então se aproximou do Amor e o envolveu docemente. Falou da sua paixão e do quanto precisava desse amor para preencher seus dias. Amor e Paixão,a partir desse dia, viveram tão unidos, que se tornou impossível descobrir qual dos dois habitavam um mesmo coração.
Ele, pensativo, percebeu que algo estava errado e desconversou... Depois tudo ficou claro. Ela estava pracisando dele, sem medos, sem receios. O ciúme tinha lhe cegado. O medo de perdê-la estava atrapalhando tudo. Mas, como se as cortinas se abrissem para iluminar o quarto, finalmente entendeu: Ela nunca deixou de ser sua!