quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Luxúria

















Luxúria


Deitada sobre o desencontro
sentia ainda o cheiro do vinho
azedo nos lençóis, os farelos
que lhe beliscavam a carne e
as marcas de todos os humores
que deixavam em sua boca o gosto
travado da última noite.
Os beijos que tatuaram em seu
corpo ásperas cicatrizes e as
marcas das mordidas que ficariam
para sempre em sua alma.
(d.a.)

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